Tribunal do Juri de Araçatuba condenou nesta quarta-feira José Júnio Locatelli a 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Ele foi julgado acusado de tentar matar duas pessoas em um pesque pague na zona leste de Araçatuba, em janeiro de 2015.
O promotor Adelmo Pinho disse que vai analisar o resultado e amanhã decide se irá recorrer ou não da sentença. Ele explicou que o júri acatou a denúncia na íntegra, sendo duas tentativas de homicídio por motivo torpe e sem possibilitar a defesa das vítimas. Ele foi condenado por tentar matar Nilson Renato Oliveira de Souza e a cunhada de Nilson, Fernanda Venturim.
No processo também constava que ele atirou duas vezes, sem acertar, Jean Renato Oliveira de Souza, pai de Nilson. Para esta vítima o promotor pediu a absolvição porque as provas, no decorrer do processo, não foram suficientes. O julgamento começou às 9h e terminou às 21h. Como o réu estava respondendo ao processo em liberdade, ele poderá recorrer em liberdade.
De acordo com o processo, as vítimas Nilson e Fernanda chegaram ao pesque pague e ficaram no quiosque ao lado de Locatelli. O pai da vítima, Jean, chegou na sequência, mas ficou no restaurante do local. Em dado momento, Vitor Locatelli (irmão de José Júnio) percebeu que seu celular fora subtraído e passou a culpar à vítima Nilson pelo furto.
Após discussão e ameaças, o acusado sacou um revólver e disparou várias vezes contra Nilson Souza, atingindo-o no tórax e abdome. O pai de Nilson, Jean Souza, ao ver o filho baleado, tentou segurar o irmão do acusado, que também estava ameaçando seu filho. Ainda de acordo com denúncia do Ministério Público, neste momento José Locatelli efetuou outros dois tiros, desta vez contra Jean Souza, mas não conseguiu acertar.
Depois de tentar matar pai e filho, o acusado entrou em um Honda City prata para fugir. No entanto, quando deixava o local, ele viu a cunhada de Nilson, Fernanda Venturim, tentando anotar a placa do carro, e efetuou outros dois disparos contra a mulher, mas também não acertou.
O juiz do caso foi Danilo Brait e os advogados de defesa, Alex Lapenta e Silva, Eli Flores e José Márcio Mantelo. A defesa atuou pedindo a absolvição em todos os casos e afastamento das qualificadoras.