O réu João Carlos de Oliveira Galvão será julgado, nesta quarta-feira (18), em Araçatuba, pela morte da esposa. O crime ocorreu em novembro de 2016 em um sítio no bairro Água Limpa, zona rural da cidade, onde as partes moraram e trabalhavam como caseiros.
Na época, a polícia concluiu que Roseli Lopes, de 53 anos, morreu em decorrência de violenta agressão sofrida do então marido. Após o crime, o réu fugiu de Araçatuba e foi preso semanas depois em uma fazendo na cidade de Alto Araguaia (MT). Ele está preso desde então.
A mulher foi a primeira vítima de feminicídio em Araçatuba, após a tipificação desse tipo de crime. Roseli Lopes foi espancada pelo marido, com quem vivia há cerca de quatro anos.
De acordo com denúncia do Ministério Público, na noite dos fatos, o réu e a vítima estavam em sua residência, onde também se encontrava um casal de amigos, todos consumindo bebida alcoólica.
Em dado momento, sem motivos, o denunciado puxou a vítima pelos cabelos e a arrastou até o quarto, onde passou a agredi-la com cintadas. Ato contínuo, bateu a cabeça dela diversas vezes na parede.
Após as agressões o denunciado retornou para a sala onde estavam as visitas, que ali permaneceram por pouco tempo e logo foram embora, diante do ocorrido.
Ainda conforme relatório da promotoria, depois disso, o denunciado deu sequência à sessão de agressões na vítima, principalmente no rosto e cabeça. Ao final, empreendeu fuga.
Na época, a vítima precisou passar por cirurgia, porque estava com perfurações no pulmão, mas não resistiu e morreu na Santa Casa de Araçatuba, no dia 6 de novembro, quatro dias após as agressões.
Na época a Polícia Civil apurou que a vítima sempre apanhava do marido. Segundo os familiares, a vítima tinha medo de denunciar e, por isso, inventava desculpas toda vez que era agredida.
João Carlos de Oliveira Galvão será julgado a partir das 9h no salão do júri, no Fórum da Justiça Estadual de Araçatuba. Se condenado, o réu poderá pegar até 30 anos de prisão.