O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, assinou nesta quarta-feira (14), uma portaria que nomeia uma comissão especial com o propósito de realizar auditoria extraordinária nos contratos de gestão, termos de cooperação, convênios, pagamentos, aquisições de bens e serviços relativos à Secretaria Municipal de Assistência Social.
No início da tarde, ele, inclusive, se reuniu em seu gabinete com representantes da pasta para avisar sobre o trabalho, que começa imediatamente, e que não tem data para ser encerrado. Dilador pediu a colaboração de todos no fornecimento de informações e também na facilitação aos acessos aos documentos necessários.
A comissão é formada por servidores como procuradores jurídicos e membros da Secretaria da Fazenda. Na conversa com os servidores, ele disse que está muito preocupado em ‘passar os contratos a limpo’, mas sem suspender os serviços prestados.
Dilador também informou que já está estudando uma forma legal de manter os salários dos funcionários das empresas. “Não queremos prejudicar ninguém. E exigimos que a Justiça seja feita. As pessoas que são atendidas por estes serviços são as mais vulneráveis, por isso não quero que sejam atingidas.”
A medida ocorre depois da prisão de servidores comissionados e de políticos ligados à administração municipal. A Operação “Tudo Nosso”, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (13), investiga contratos suspeitos firmados com a Prefeitura de Araçatuba na gestão de Dilador Borges (PSDB) e Edna Flor (Cidadania), nos setores de Educação e Assistência Social, que superam a cifra de R$ 15 milhões nos últimos dois anos.
O desvio mensal apurado pela PF é de, pelo menos, R$ 120 mil por mês, no período de 2017 a 2019, que iriam para o principal investigado, o sindicalista José Avelino Pereira, o Chinelo, 64 anos, preso na ação.