Mais uma vez, os médicos do corpo clínico da Santa Casa de Penápolis recuaram da decisão da paralisação, que começaria nesta terça-feira (11). Eles deram um prazo de 24 horas para que um novo encontro com a Irmandade, que deve voltar à gestão do hospital, hoje sob intervenção da Prefeitura, e com a possível Organização Social (OS) que deverá assumir a administração da Santa Casa.
A reunião está marcada para esta quarta-feira (12), às 9h. Neste encontro, deverá ser feita a negociação dos valores a serem pagos para os médicos, além de definir quem ficará responsável pela quitação dos débitos (OS ou Prefeitura/Santa Casa).
Caso não haja um acordo na reunião, os médicos paralisarão as suas atividades. Eles reclamam dos atrasos de salários e da produção médica, além da falta de materiais de trabalho, principalmente medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatório, entre outros.
Segundo eles, em 31 de maio, foi pago 50% dos plantões referentes ao mês de fevereiro. Já a produção médica, que é o pagamento dos plantões e repasse da produção, referente a todos os procedimentos e internações realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que são pagos para a Santa Casa pelo governo federal e repassado a eles, não é quitada desde junho do ano passado.
Nesta segunda-feira (10), a categoria não aceitou a proposta da direção do hospital e da Prefeitura. No documento enviado ao grupo, o município se propôs a pagar 50% do valor referente aos salários de fevereiro e do trimestre de julho, agosto e setembro do ano passado, referente à produção dos médicos.
A proposta inclui, ainda, o pagamento referente à produção dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2018 e janeiro e fevereiro deste ano até o final do mês.
Para viabilizar a quitação dos atrasados, a Prefeitura informou faria uma antecipação de repasse à Santa Casa, no valor de R$ 100 mil (que não seria descontado posteriormente), e utilizaria recursos do aluguel da Unimed, que paga R$ 11 mil mensais pela utilização de um prédio do município.