O Tribunal do Júri de Araçatuba condenou a 14 anos de prisão Everton Augusto dos Santos, que matou a tiros Sidnei de Freitas Menezes e tentou matar o irmão dele.
O outro réu, Daniel Siqueira, que deu carona para Everton em sua moto no dia do crime, foi condenado a 6 anos de prisão. Os dois poderão recorrer da sentença em liberdade.
O crime ocorreu no dia 28 de abril de 2013 na rua Anselmo Manarelli, no bairro Santana. Segundo denúncia do Ministério Público, no mesmo dia, aconteceu um furto em uma loja de acessórios de carros que pertencia ao réu Everton, e ele pensou, não se sabe o porquê, que os autores do crime teriam sido os dois irmãos e foi atrás deles.
Chegando à casa onde a família morava, eles começaram a discutir, e trocaram socos. A vítima teria negado participação no crime.
Apesar disso, Everton foi até sua casa, pegou uma arma e pediu a ajuda para o amigo Daniel, que aceitou levar ele de moto até o local.
Ainda, de acordo com a denúncia, ao chegar no endereço, o condutor estacionou a moto em uma rua próxima para dar cobertura na fuga. Enquanto isso, Everton teria descido e ido em direção a Sidnei, empurrando-o e disparando contra ele.
Ainda de acordo com o MP, o irmão dele teria percebido a situação e conseguido correr para um terreno baldio, e para se defender, jogou um tijolo contra o autor dos disparos.
O acusado também teria tentando atirar contra ele, mas errou todas as vezes. O réu, então, deu o segundo tiro à queima roupa em Sidnei, causando a morte da vítima, segundo consta o laudo da necropsia.
Na sequência, ele fugiu na garupa da moto. Meses mais tarde, Everton se apresentou à Polícia Militar e entregou a arma utilizada no assassinato. Algum tempo depois, outro homem foi detido e confessou ter furtado o estabelecimento comercial, crime o qual Everton atribuía a Sidnei e o irmão dele.
Os réus foram absolvidos do crime de homicídio tentado contra o irmão de Sidnei.
O advogado Flávio Batistella defendeu o réu Daniel. Os advogados Anísio Reis e Benedito Matias Dantas representaram o réu Everton. O promotor de justiça Adelmo Pinho disse que não vai recorrer da decisão. A sessão do júri foi presidida pelo juiz de direito Danilo Brait.