O prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira (Sem Partido) está em São Paulo nesta quarta-feira (9), para um encontro com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, na tentativa de reverter a suspensão dos recursos de R$ 3,7 milhões, para a construção de uma rotatória na Rodovia Arnaldo Covolan, que daria acesso ao laticínio Bonolat, que está em fase final de instalação no município.
“Estou indo explicar ao Vinholi que este processo vem sendo discutido com o governo do Estado desde 2017 e foi uma promessa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)”, afirma Oliveira.
Ele disse que já esperava esta postura de Dória, de rever os últimos atos do governo de Márcio França (PSB). Oliveira, aliás, apoiou França no pleito de 2018 e acabou sendo expulso do PSDB, no ano passado.
O prefeito disse, no entanto, que a construção da rotatória não foi um ato eleitoreiro nem de última hora, apesar de o convênio ter sido assinado em dezembro do ano passado. “O Dória enxergou viés político nisso, mas não é bem assim”, defendeu.
Ele explica que o processo começou há quase dois anos, com a desapropriação de área para construção da rotatória e depois com a aprovação da Agência de Transporte Terrestre do Estado de São Paulo (Artesp).
“Não foi um ato eleitoreiro. É um projeto de uma empresa que não terá logística se não tiver rotatória”, afirmou, referindo-se ao Laticínio Bonolat, que tem previsão de inaugurar em junho deste ano e gerar 300 empregos diretos.
Com faturamento previsto de R$ 260 milhões, a empresa vai processar 1 milhão de litros de leite por dia para a fabricação de leite em pó, leite integral, achocolatados, iogurtes, dentre outros produtos.
“Se não tiver rotatória, não tem empresa. E é uma empresa que vai retornar uma fortuna em impostos para o Estado”, afirma o prefeito de Penápolis.
Hoje, é utilizada uma via provisória, a Maria Rita Aguirre Monteiro, paralela à Rodovia Arnaldo Covolan, para o acesso às obras do laticínio. “Mas esta via não vai comportar 40 caminhões entrando e saindo por dia do laticínio”, argumenta Oliveira.
O prefeito de Penápolis questiona o argumento usado pelo governador para suspender os recursos. “Como alguém vai fazer um convênio com o município e não tinha previsão orçamentária?”, perguntou.
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