Documentos que constam no processo de uma das vítimas de São José do Rio Preto (SP) que denunciaram o homem que diz ser embaixador da ONU e é suspeito de forjar o próprio sequestro para fugir do matrimônio aponta que ele já era casado.
O G1 e a TV TEM tiveram acesso ao documento, que diz que Marcelo Henrique Morato Castilho se casou no dia 11 de fevereiro de 2018 com uma jovem de 25 anos, moradora de Balsas (MA). No entanto, ele teria abandonado a esposa durante a lua de mel.
A Polícia Civil de São José do Rio Preto está investigando o caso e aguarda a apresentação de provas de Marcelo contra as acusações, após ele se apresentar espontaneamente à polícia na última quinta-feira (29).
“Marcelo compareceu espontaneamente para prestar esclarecimentos. Teve conhecimento das provas produzidas até o momento e ele negou os fatos que são a ele relacionados. Disse que vai apresentar provas que confirmam a versão dele”, afirma o delegado José Luiz Barboza Júnior.
A Polícia Civil investiga o caso desde que a mulher que iria se casar com Marcelo fez a denúncia. A vítima registrou um boletim de ocorrência alegando que o noivo, de 34 anos, havia sido sequestrado um dia antes do casamento.
Durante a investigação, a polícia constatou que o caso era de estelionato. O suspeito, que seria advogado e teria um imóvel em Rio Preto, não foi localizado pela polícia e era procurado para prestar esclarecimentos.
De acordo com a Polícia Civil, pelo menos mais quatro mulheres que tiveram envolvimento com o homem procuraram a polícia em Rio Preto depois que o caso ganhou repercussão.
A polícia afirma que as outras vítimas, que já foram ouvidas, procuraram a polícia depois que a médica que estava com o casamento marcado denunciou o golpe do falso sequestro. Ele teria dado ‘prejuízos incalculáveis’ para a noiva, segundo o delegado.