Administrar uma cidade com cerca de 200 mil habitantes não é tarefa fácil. Agradar a todos muito menos. Com algumas soluções e muitos problemas Araçatuba chega aos 110 anos bastante desenvolvida, comércio forte, indústrias de renome nacional e internacional, turismo começando a engatilhar e muitos problemas a serem resolvidos, principalmente com relação a área da saúde.
Ao completar 110 anos, a cidade que há mais de um século se formou com a chegada da estrada de ferro Noroeste do Brasil (NOB) e passou a ser formada com a forte atuação de imigrantes, entre eles japonses, italianos e espanhóis, a população hoje vive uma onda de medo com os acidentes diários e infestações de escorpiões, leishmaniose, dengue e agora recentemente um caso de raiva confirmada em um morcego encontrado por populares próximo a região central da cidade, e a população vem cobrando ações preventivas, como os mutirões e arrastões de combate à dengue, que antigamente aconteciam com frequência e apesar do período de chuvas ainda não tiveram início.
O caso dos escorpiões vem assustando moradores de vários pontos da cidade, sendo que já se tornou comum o encontro destes aracnídeos, como pode ser visto diariamente nas redes sociais. A prefeitura lançou recentemente uma campanha de roçagem, alertando que iniciará com mais rigor as fiscalizações, mas por outro lado, esquece de manter muitos terrenos públicos limpos, como é o caso do entorno da lagoa do Lago Azul, onde o mato está muito alto, as capivaras começaram a invadir os bairros próximos e moradores reclamam do encontro frequente de animais peçonhentos.
Na zona sul, a prefeitura abriu a licitação para a tão sonhada pavimentação da avenida Juscelino Kubitschek, que começa prometer mudanças na região, apesar de que moradores contestam afirmando que parte da via já estava licitada pelo governo anterior, e deveria estar pronta.
Entre os percalços na saúde, não se pode deixar de citar as melhorias. Araçatuba ganhou recentemente o Serviço de Referência a Saúde da Mulher, que passou a funcionar onde uma outra unidade de saúde havia sido fechada, o Hospital da Mulher.
O pronto-socorro foi transferido para um outro imóvel, antigo mas todo reformado, na região central da cidade. A população tem elogiado o atendimento e a estrutura no local. Mas o novo PS também foi alvo de polêmica, porque a prefeitura o tirou de um imóvel próprio para pagar aluguel superior a R$ 20 mil por mês na nova unidade, além de ter fechado o pronto-atendimento São João e não priorizar a inauguração das duas UPAs cujos prédios estão prontos.
Se por um lado a cidade começa a receber turistas com seu novo parque aquático, o Hot Planet, no Jardim Pinheiros, que chega a receber mais de 15 ônibus em um único dia, além de visitantes da própria cidade e turistas que vêm em trailers e motorhomes, por outro o acesso ao clube é alvo de reclamação.
Apenas uma avenida dá acesso ao clube, sendo que uma das pistas, sentido clube, está pavimentada e a outra, sentido bairro não, e as demais ruas do Pinheiros estavam completamente abandonadas, o que não gera uma boa impressão aos turistas.
Recentemente uma patrol passou nivelando as vias, mas a avenida principal e a rua em frente ao clube continua sendo visto como um descaso tanto por moradores quanto para turistas que chegam de fora.
Algumas das principais ruas e avenidas da cidade foram recapeadas após longo período sem manutenção, como o caso da Fundadores, Waldir Felizola de Moraes e algumas ruas da região central. Por outro lado moradores de bairros mais afastados se dizem esquecidos, onde as ruas de terra muitas vezes ficam intransitáveis, como recentemente no bairro Água Branca, onde uma ambulância não conseguiu entrar para socorrer um paciente que precisava de atendimento.
Uma importante obra viária anunciada pelo executivo, o empréstimo de R$ 19 milhões para asfaltar o prolongamento da avenida Joaquim Pompeu de Toledo também foi alvo de reclamação de moradores de bairros menos favorecidos, que não tiveram prioridade nesta decisão, como Água Branca, Pinheiros, Primavera e outros, incluindo moradores e comerciantes da avenida 2 de Dezembro, importante ligação da zona norte com a rodovia Elyeser Montenegro Magalhães.
Eles alegam que na Pompeu há poucas residências e muitos terrenos cujos proprietários são de classe social mais favorecidas, sendo que com este valor, a prefeitura poderia priorizar o asfaltamento de bairros populosos que há anos sofrem convivendo com lama e poeira.
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