O comerciante Wilson Padilha Martins, 47 anos, conhecido como Geminho, foi preso por policiais do GOE-30 (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil, por volta de meio-dia desta terça-feira, no bairro Hilda Mandarino, zona leste de Araçatuba. Ele estava condenado a oito anos e dois meses de prisão, por homicídio, e é dono de um extensa ficha criminal.
Os policiais estavam com o mandado de prisão que foi expedido nesta segunda-feira pela Vara de Execuções Criminais do Tribunal do Júri, e encontraram Martins no bairro Hilda Mandarino. Ele foi surpreendido pelos policiais e disse que nem fazia ideia da condenação. Na delegacia, chegou a afirmar que se soubesse, não estaria mais na cidade.
Martins foi condenado por homicídio que cometeu no final da década de 90 na avenida Brasília. O motivo foi um carro que emprestou para um amigo, o qual acabou se envolvendo em um acidente. Por conta do reparo do veículo os dois se desentenderam e, de acordo com o que a reportagem do Regional Press, Martins estaria sendo ameaçado pela vítima, e com medo, acabou cometendo o homicídio.
Martins é conhecido como Geminho, porque tinha um irmão gêmeo idêntico Milton (já falecido, dentro do sistema prisional), e os dois são conhecidos nos meios policiais. Milton foi preso em 2004, quando tinha 33 anos, em uma balsa no litoral norte paulista, e era considerado líder no esquema de tráfico. Estava morando na Vila Matilde, Zona Leste, e era considerado o responsável pelo financiamento das operações da quadrilha.
Ele era acusado de fazer o contato com fornecedores de pasta-base de cocaína, fornecedores de Lidocaína e Cafeína, alugava imóveis usados como laboratórios e negociava a venda do produto refinado e recebia dinheiro, imóveis e veículos na transação.
Wilson ficou conhecido em 2000, após conseguir fugir de uma operação policial que apreendeu quase uma tonelada de produtos químicos, incluindo pasta base de cocaína, em um sítio em São João de Iracema, pertencente a um comerciante de Araçatuba.
Na operação ele conseguiu fugir e foi capturado dias depois. Wilson já havia sido condenado a 24 anos de prisão por tráfico de drogas.