No dia 27 de fevereiro de 2017, Nilson Silva Oliveira, 42 anos, sofreu um acidente grave de paramotor e passou por seis cirurgias até sua recuperação. Um ano após o ocorrido o piloto e também pastor da Igreja Peniel em Três Lagoas, relata os momentos do acidente e agradece a equipe do SAMU pelo atendimento humanizado e eficiente.
Oliveira estava sobrevoando as proximidades do Rio Sucuriú – próximo ao Balneário Municipal de Três Lagoas – tirando fotos e fazendo vídeos de um rancho, quando a rajada de vento de outro piloto o atingiu. “Um outro piloto havia cruzado uma distância de uns 500 metros e eu não percebi ele, ele cruzou e foi embora, mas quando eu estava tirando fotos, acabei entrando na rajada de vento dele e minha asa fechou e eu fui ao chão em fração de um segundo”, relembra.
A eventualidade segundo Oliveira, é chamada de “rasteiro”, que é a turbina de vento que sai do motor da máquina.
Após a perícia, foi descoberta uma nova explicação do acidente aéreo, a autoconfiança do próprio piloto, o pastor tirou as mãos do comando da asa para capturar fotos e não conseguiu controlar a situação.
“ Descobrimos que também foi um pouco de abuso meu, vamos ficando ‘pilotos velhos’ com muitos voos, acabamos entrando na área da confiança. A turbina de vento que nós deixamos no ar é muito forte, quando estava sem as mãos, minha asa fechou e eu não consegui dar comandos, eu estava a 30 metros de altura e não deu tempo de abrir o paraquedas”, relata.
“Quando bati no chão, eu não me lembro de muita coisa, eu acordei com várias pessoas em cima gritando ‘ele morreu’ ‘não mexe nele’. Eu estava no chão, mas não sabia o que tinha acontecido, quebrei duas pernas, fraturei cinco vértebras da coluna e algumas costelas”, completa.
Oliveira fez seis cirurgias nas pernas e ficou quatro meses de cadeira de rodas e três meses de muleta. A recuperação após a cirurgia, conforme ele, foi dolorosa durante dias. “Fiquei 40 dias sem dormir direito, tomando remédios fortíssimos. Pelo tamanho do acidente e pela situação que estou hoje, me recuperei muito rápido, meus médicos acharam que eu ficaria na cadeira de rodas”, conta.
‘Presente de Deus’
O piloto voltou a voar no aniversário do acidente, ele voou como passageiro em um voo duplo. Ele relata que a equipe e o piloto que guiou a máquina ficaram emocionados com o momento.
“Voltei a voar normalmente, sem problema algum, sem traumas. Foi uma alegria da equipe toda, a equipe de paramotor é muito unida, foi uma festa quando voltei a voar”, diz.
Apesar do acidente, ele confirma que o voo é seguro. “É algo muito sério voar por isso temos o critério de sermos bem rígidos”, pontua.
Para ele, o voo após o ocorrido foi mais emocionante que a primeira vez que cruzou os céus.
“A sensação de voltar a voar, foi maravilhosa, inexplicável. Esse voo foi do renascimento. Não considero como uma segunda chance, mas considero como um presente de Deus, de me dar a oportunidade de voltar a voar”, finaliza.
Vídeo da queda
As imagens do momento do acidente de paramotor no Balneário Municipal, em Três Lagoas, foram entregues com exclusividade pelo pastor Nilson Oliveira ao Hojemais.
O acidente ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2017, ele estava sobrevoando um rancho e capturando imagens e vídeos, ao soltar as mãos para fazer as fotos outro paramotor se aproximou e jogou uma rajada de vento, momento esse em que perdeu o controle e veio ao chão.
Oliveira quebrou duas pernas, fraturou cinco vértebras da coluna e algumas costelas. Seis cirurgias foram feitas nas pernas, o piloto ficou quatro meses de cadeira de rodas e três meses de muleta.