O advogado Alberto Sakon Ishikizo, que estava preso em cadeia desde o dia 18 do mês passado, após ser flagrados com armas e munições, em Araçatuba, conseguiu na Justiça o benefício da prisão domiciliar e já está em casa. A informação foi passada ao Regional Press pelo advogado criminalista Luiz Raphael Arello, que defende Sakon.
Arello disse que havia entrado com pedido de transferência do cliente para alguma sala das Forças Armadas ou da Polícia Militar, com a finalidade de garantir a integridade física do advogado.
“De acordo com o inciso 5º do parágrafo 7º do Estatuto de OAB, se não há sala nas Forças Armadas, o advogado tem direito a prisão domiciliar”, disse o criminalista.
“O Exército em Lins alegou que não tem sala; o quartel da PM também informou que não tem sala e, por meio do meu pedido de prisão domiciliar, o advogado deixou a cadeia no finalzinho da tarde desta segunda-feira (5)”. Com isso, Sakon não poderá deixar a residência. O inquérito policial segue em andamento.
PRISÃO
O advogado Alberto Sakon Ishikizo foi preso em Araçatuba por posse ilegal de armas e munições, algumas de uso restrito. Após ter o flagrante convertido em prisão preventiva, Sakon foi levado para a cadeia de Penápolis.
A prisão foi feita pelo GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil. Na casa do advogado, no bairro Vila Mendonça, os investigadores encontraram pistolas, revólveres e uma espingarda, além de dezenas de munições, inclusive a de um fuzil 7.62, de posse proibida.
O GOE passou a investigar o caso a partir de uma denúncia de que o advogado estaria ameaçando a ex-mulher.
A informação também era de que ele tinha um pequeno arsenal escondido em casa. Segundo a polícia, as armas de uso legalizado não possuem documentação.