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Vigilância alerta sobre proibição de criação de galinhas em área urbana. Lei é válida em todo o Estado

O Serviço de Vigilância Epidemiológica de Penápolis alerta os moradores sobre a proibição de criação de aves, como galinhas, no perímetro urbano. O setor tem recebido algumas reclamações sobre este fato e intensificará as fiscalizações. A proibição está determinada no Código Sanitário do Estado de São Paulo (Lei 10.083/98) e Decreto 12.342

De acordo com o encarregado do Serviço, Franklin Cordeiro, a criação desses animais pode provocar risco à saúde pública. “Algumas doenças, como a leishmaniose, estão ligadas a criação de galinhas. Mesmo em terrenos limpos, a criação propicia um habitat para a proliferação do mosquito flebótomo, conhecido popularmente por mosquito palha”, afirma.

Além do risco a saúde pública, a criação de galinhas gera incômodo aos moradores. “Muitas reclamações que recebemos se referem ao incômodo gerado pelos barulhos das aves. Por isso, orientamos que a criação de animais no perímetro urbano é totalmente proibida”, enfatiza Cordeiro.

Inicialmente, o Serviço de Vigilância orienta os moradores sobre a retirada dos animas. “Caso a determinação não seja atendida, o morador é notificado e pode ser autuado de acordo com a legislação vigente”, explica.

Cuidados

A Vigilância Epidemiológica ainda orienta para os cuidados para evitar a contaminação por leishmaniose. Os moradores devem retirar de suas residências toda matéria orgânica, como madeira, folhas, frutos, fezes de animais e podas de árvore e jardim.

A leishmaniose visceral é uma doença transmitida pelo mosquito palha, que ao picar introduz um protozoário na circulação sanguínea. A transmissão da leishmaniose se torna perigosa por causa do grande número de cachorros (hospedeiros) que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.

Em 2017, foram registrados cinco casos positivos de leishmaniose e um caso neste ano.  A doença não se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.

Os principais sintomas da leishmaniose visceral são: febre que vai e volta com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Ao apresentar qualquer suspeita da doença a pessoa deve procurar com urgência uma unidade de saúde.

Matéria atualizada em 20/01/2018 11:37

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