Um mês após o mega-assalto à empresa de valores de Araçatuba (SP), que pode ter causado um prejuízo de R$ 10 milhões, o cenário no local quase não mudou. O crime levou pânico aos moradores na ação que teve tiros de metralhadora, caminhões incendiados e um policial civil morto.
Um muro foi erguido no local onde a quadrilha explodiu para entrar no prédio, mas a estrutura permanece danificada e o dinheiro está sendo encaminhado para outras unidades da Protege na região.
As casas dos vizinhos da empresa também continuam danificadas. É o caso do aposentado Juarez Guilherme, que para reparar os estragos causados pelas explosões, gastou R$ 4 mil e precisou fazer um empréstimo para concluir a obra.
Em outra casa, a explosão danificou portas, muro e paredes dos quartos. Vizinho da empresa, Sebastião Garcia acredita que vai gastar cerca de R$ 10 mil para reparar o prejuízo.
A casa que ficou interditada desde o dia da explosão continua do mesmo jeito. A estrutura do imóvel está comprometida e o custo da obra foi avaliado em R$ 60 mil. A família precisou sair da residência e, agora, mora de aluguel.
Segundo a TV TEM, solicitou um posicionamento para a Protege sobre o apoio prestado às famílias atingidas, mas a empresa não se manifestou. Em nota, informou que cumpre a legislação em vigor e que a instalação do prédio perto de residências está regular, e foi autorizada pela Prefeitura de Araçatuba e Polícia Federal.
A Polícia Civil de Araçatuba informou que o caso permanece sendo investigado pela DIG e que os detalhes sobre suspeitas de autoria não podem ser divulgados para não prejudicar o trabalho, que corre em sigilo. Até o momento, a polícia não confirmou a prisão de qualquer suspeito.