Evento, que vai ocorrer no próximo dia 6, servirá de base para estudo mais aprofundado sobre a síndrome na região de Araçatuba
Propor a discussão multidisciplinar sobre os cuidados médicos, a saúde da boca e a saúde emocional da pessoa com Síndrome de Down. Esses são os objetivos do 1º Encontro da Síndrome de Down – “Todo mundo tem seu jeito singular”, organizado pelo Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE), da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba. Gratuito e aberto ao público, o evento será realizado no próximo dia 06/11, no Campus da Rodovia Marechal Rondon.
A ideia de organizar esse primeiro encontro surgiu devido a alta prevalência de pacientes com Síndrome de Down cadastrados no CAOE. Além de capacitar os profissionais da saúde que trabalham com este público, o evento tem por objetivo levar informação aos familiares destes indivíduos, em relação as principais manifestações da Síndrome.
O evento vai abordar ainda os cuidados relacionados à saúde bucal da pessoa com o problema. Todos esses temas serão discutidos em palestras ministradas por médicos, dentistas, psicóloga e fonoaudióloga, para os pais e cuidadores.
Por meio do encontro, os profissionais da Unesp querem ir além. Eles pretendem gerar informações que servirão de base para realização de tratamentos específicos e adequados as condições odontológicas encontradas nos pacientes com Síndrome de Down. Isso será possível com o cadastramento de pacientes atendidos no dia do evento e, também, de uma série de avaliações que serão realizadas.
Números
Hoje, de acordo com o Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 45 milhões de pessoas possuem alguma deficiência física ou mental no Brasil. Destas, estima-se que 300 mil tenham Síndrome de Down.
Segundo informações do Movimento Down, a síndrome não é uma doença, “mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança.”
A pessoa com Síndrome de Down tem três cromossomos 21 em todas as partes ou maior parte das células de seu organismo, também chamada de trissomia do cromossomo 21. É nos cromossomos que ficam determinadas todas as características da pessoa, como cor dos olhos, do cabelo, da pele, altura, formato do rosto, dentre outras tantas.
Com um cromossomo a mais, as pessoas com a Síndrome de Down têm características semelhantes entre si, como cabelos lisos e olhos puxados. Na cavidade bucal essas pessoas apresentam algumas características importantes, como maior prevalência de doenças da gengiva, além de alterações na arcada dentária, dificuldade na respiração, flacidez da musculatura, dentes ausentes, dificuldades motora, entre outros.
Estima-se que a síndrome ocorra em cerca de um a cada 700 nascimentos, sendo a ocorrência genética mais comum existente. Porém, independentemente de ter o cromossomo a mais, a pessoa com Síndrome de Down é perfeitamente apta para evoluir em suas capacidades pessoais e avançar em crescentes níveis de realização e autonomia, podendo ter vida normal como qualquer outra criança, jovem ou adulto.