Por lógica entendemos que descansaremos mais, dormindo mais. Lamentamos dizer, mas dormir não é uma tabela de contabilidade na qual você subtrai um pouco de sono aqui, soma um pouco ali e no final, zera a falta de sono.
A verdade é que o resultado de tentar compensar dormindo mais é uma espécie de ressaca do sono: dor de cabeça, falta de coordenação motora, sonolência. Algo que não é tão prejudicial para o seu cérebro, como a falta de sono, mas é um desastre para o seu corpo em geral.
Por que isso acontece? A realidade é que você não pode enganar o seu relógio interno, que é responsável por controlar os nossos horários internos e recursos energéticos. Porque suas células e órgãos também têm suas horas de trabalho e seus períodos de descanso.
Esse relógio interno tem seu próprio ritmo, que não para quando você dorme mais.
E aí está o problema: você dormiu 12 horas, mas seus mecanismos internos não esperaram por você. O ciclo começou horas antes, enquanto você ainda estava dormindo e seu corpo fica confuso.
Dormir mais do que nove horas de vez em quando não tem nada de mau. O problema surge quando se torna um hábito: fadiga, problemas no desempenho cognitivo, depressão, dores de cabeça e uma expectativa de vida mais curta são alguns dos riscos desse hábito pouco saudável.
Por isso os especialistas recomendam que continuemos a seguir os ditames de nosso corpo, já que dormir mais ou menos do que precisamos é ruim e alterar os ritmos naturais do sono também.